3) ESPERANÇA NA VINDA DO SENHOR JESUS
V. 3c - Os tessalonicenses
também foram marcados por sua constante espera pela volta de Cristo. Essa é a “esperança” do Cristão. Nas Escrituras,
a esperança não é usada da mesma maneira que no vernáculo comum da linguagem de
hoje. Usamos a palavra em nossos dias para nos referirmos a algo que
gostaríamos de ver acontecer, mas não temos garantia de que isso acontecerá. Na
Bíblia, esperança é uma certeza adiada; tem expectativa com certeza relacionada
a ela. Assim, temos a certeza de que o Senhor virá porque a Escritura nos diz
que Ele virá novamente para nos receber a Si mesmo (Jo 14:2-3).
Paulo havia instruído os
tessalonicenses quanto à vinda do Senhor, e havendo crido nisso, eles buscavam diariamente
por Sua vinda novamente. Assim, a iminência da vinda do Senhor esteve intensamente
diante de seus corações. A prova disso ser uma coisa real com eles é
evidenciada em sua “paciência [persistente constância – JND] da esperança”. Eles não tinham apenas
esperança, eles tinham “perseverança”
com sua esperança. Isso tem a ver com suportar as provações e perseguições que
vêm no caminho da fé dos opositores do Cristianismo. Aqueles que não são verdadeiros
não suportarão as dificuldades relacionadas com a vida Cristã e se afastarão. O
Senhor deu um exemplo: “é o que ouve a
palavra, e logo a recebe com alegria, mas não tem raiz em si mesmo, antes é de
pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo
se ofende” (Mt 13:20-21). Assim, a provação e a adversidade se manifestam
onde uma pessoa realmente está em sua alma. O tempo trará isso à luz, pois é um
grande testador da realidade.
O fato de esses queridos
crentes terem suportado as tribulações e perseguições ligadas à sua esperança
provou que eles eram verdadeiros. Eles não estavam esperando por uma melhora
nas condições políticas do mundo, ou em alguma outra coisa que acontecesse
entre os homens na Terra – a esperança deles era “em nosso Senhor Jesus Cristo” e ser tirados totalmente deste mundo
em Sua vinda. Paulo acrescenta: “diante de
nosso Deus e Pai”. Isso indica que ele podia ver que o propósito de Deus em
salvá-los estava definitivamente sendo levado adiante sob o olhar atento do
próprio Deus.
V. 4 - Tendo declarado estes
três primeiros sinais de vida, Paulo conclui afirmando: “conhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição” (AIBB). Essas
coisas lhe deram a mais plena confiança de que eles eram verdadeiramente os
eleitos de Deus.
Essas virtudes são ilustradas
(tipicamente) em três dos fiéis seguidores de Davi:
- “Jônatas” exibiu “obra da fé” (1 Sm 13).
- “Itai” exibiu o “trabalho do amor” (2 Sm 15:19-22).
- “Mefibosete” exibiu a “paciência da esperança” (2 Sm 19:24-30).
A igreja em Éfeso foi
caracterizada por ter “obras”, “trabalho” e “paciência” (Ap 2:1-7), mas não há menção
de que eles tenham “fé”, “esperança” e “amor”. Que devem acompanhar essas coisas (Hb 6:9-12). Isso indica
que eles estavam seguindo o caminho Cristão, fazendo todas as coisas externas
que os Cristãos deveriam fazer, mas lhes faltava o ímpeto que impulsiona tal
vida. Quando este é o caso, geralmente não é muito antes de a vida Cristã se
tornar um dever e não um privilégio. Quando for esse o caso, haverá uma
renúncia de princípios e práticas, e a decadência se instalará. É, portanto,
absolutamente necessário manter nossa vida interior com o Senhor brilhando
intensamente por meio da comunhão com Ele. Muitas vezes tem sido dito que não
há substituto para a comunhão diária com o Senhor – é a “corda salva-vidas” do
crente. Se algo vier interromper essa comunhão (ou seja, pecado), Deus fez
provisão para o crente restaurar sua comunhão por meio do julgamento próprio e
confissão de seus pecados ao Pai (1 Jo 1:9). Isso é algo que definitivamente
deveria ser enfatizado para novos convertidos. Sem isso, nossa vida Cristã será
rapidamente desencarrilhada.