7) ARREPENDIMENTO E SEPARAÇÃO DO MAL


7) ARREPENDIMENTO E SEPARAÇÃO DO MAL
V. 9 – Tendo recebido Cristo e provado a bondade de seu relacionamento recém-encontrado com Ele, os tessalonicenses prontamente deram as costas para seu estilo de vida pré-conversão e seu envolvimento no pecado da idolatria. Paulo diz: “dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro. E esperar dos céus a Seu Filho”. Isso mostra que houve genuíno arrependimento com eles, e é outro sinal convincente de que a conversão deles a Deus era real. Isso deve acompanhar todas as conversões.
Por outro lado, se uma pessoa não abandonar seu estilo de vida pré-conversão e pecar depois de fazer uma profissão de fé em Cristo, isso mostra que não houve arrependimento verdadeiro com o indivíduo. Pode ser um sinal de que a fé da pessoa não seja verdadeira. O arrependimento não é salvação, mas não há salvação sem arrependimento. Essas duas coisas andam juntas, como Paulo indicou aos anciãos de Éfeso – “o arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20:21 – ARA; Lc 13:3, 5). A pregação moderna encoraja a fé em Cristo, mas geralmente não enfatiza o arrependimento. Isso ocorre porque o foco da pregação hoje visa obter tantas profissões de fé quanto possível, e arrependimento (que toca a consciência do homem e insiste em uma mudança na direção da vida de uma pessoa) é uma coisa impopular e indesejada com muitos. Assim, os pregadores modernos tendem a não enfatizar isso.
É digno de nota que Paulo não diz que ele lhes disse para se livrar de seus ídolos; parece ser algo que eles fizeram por sua própria vontade. Sendo verdadeiramente nascidos de novo, e assim possuindo a vida divina, eles instintivamente sabiam que aquelas coisas eram inconsistentes com a adoração do “Deus vivo e verdadeiro”. Note que eles se converteram dos ídolos para Deus. O gozo que eles tiveram na salvação de suas almas encheu seus corações de tal modo que desalojou qualquer desejo por um ídolo.
É altamente improvável que uma pessoa hoje nessas terras iluminadas se curvasse e adorasse uma imagem feita de madeira ou pedra, como os homens faziam nos tempos bíblicos. Mas a idolatria ainda está em todo o mundo – é apenas mais sofisticada e refinada hoje em dia. Em princípio, a idolatria é qualquer coisa que cative o interesse de alguém, a ponto de torná-lo um fervoroso devoto a ela e a comandar cada vez mais sua atenção. Alguém que tenha permitido um ídolo em seu coração (Ez 14:3) geralmente é a última pessoa a perceber isso, porque um dos efeitos da idolatria é que o idólatra fica cego (Sl 115:4-8). Para um Cristão, a idolatria é qualquer coisa que venha entre seu coração e o Senhor e dispute seu afeto. Os Cristãos precisam ter cuidado com isso. Por isso, o apóstolo João advertiu: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5:21).
V. 10 – Os tessalonicenses não só se converteram dos ídolos a Deus, mas saíram do seu caminho para “servir o Deus vivo e verdadeiro”. Eles se lançaram em propagar o evangelho e ministrar aos santos, etc. – embora fossem novos Cristãos em si mesmos! Eles tinham um novo foco e uma nova ocupação em suas vidas. Eles também tinham uma nova perspectiva e esperança – “esperar dos céus a Seu Filho”. Paulo havia ensinado a eles que o Senhor estava vindo para levá-los para o céu (o Arrebatamento), e eles viviam na iminência disso. Ele também lhes ensinou que o Senhor é nosso Libertador “da ira futura”, que é a apropriada esperança da Igreja. Por isso, eles (corretamente) aguardavam para ser tirados deste mundo no Arrebatamento antes que a ira de Deus caia sobre ele (Rm 5:9).
Cada capítulo da epístola termina com uma referência à vinda do Senhor.