COISAS PRÁTICAS QUE DEVEM CARACTERIZAR UMA ASSEMBLEIA CRISTÃ ESPERANDO PELA VINDA DO SENHOR - Capítulo 5:12-28


COISAS PRÁTICAS QUE DEVEM CARACTERIZAR UMA ASSEMBLEIA CRISTÃ ESPERANDO PELA VINDA DO SENHOR

Capítulo 5:12-28

Até agora, nas exortações de Paulo, ele se dirigiu aos santos tessalonicenses como crentes individuais. Agora, nesta seção final da epístola, ele os exorta coletivamente como uma companhia de crentes (uma assembleia) que está aguardando a vinda do Senhor (o Arrebatamento). Assim, essas exortações abordam a assembleia como um todo e descrevem como uma assembleia saudável deve ser caracterizada.
Vs. 12-13a – A primeira dessas exortações tem a ver com reconhecer e respeitar aqueles que estão no lugar de cuidado na assembleia. Paulo diz: “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem [tomam a iniciativa – JND] sobre vós no Senhor, e vos admoestam, e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra”. Isso nos ensina que aqueles que compõem uma assembleia local devem estimar respeitosamente os anciãos/presbíteros naquela assembleia por causa do lugar que eles têm e do trabalho que eles fazem. O “trabalho” e a “obra” a que Paulo se refere aqui são uma coisa local, pois a responsabilidade no cuidado é puramente uma função local na casa de Deus. Assim, os anciãos em uma assembleia não agem como tais em outras assembleias.
A ARA diz esses homens que “presidem sobre vós no Senhor”, mas uma tradução melhor diz: “Que tomam a liderança entre vós” (JND). “Sobre vós” implica que eles têm uma posição na qual eles presidem oficialmente os santos de uma forma autoritária, mas é exatamente contra isso que Pedro nos adverte (1 Pe 5:3). Antes, os anciãos/presbíteros devem mover-se “entre” os santos em mansidão e humildade, procurando guiá-los e ajudá-los em suas dificuldades particulares e, assim, “pastorear a assembleia” (At 20:28 – JND).
É digno de nota que quando a função de anciãos/presbíteros está em vista nas Escrituras, eles são mencionados no plural (“eles”), mas quando suas qualificações morais estão em vista, elas são mencionadas no singular (1 Tim. 3:1 – “Se alguém ....”). Isso mostra que o governo de uma assembleia local não deve estar nas mãos de um homem. Deus pretende que eles funcionem como um grupo de homens e, assim, se controlem e se equilibrem uns aos outros, se necessário. Isso daria à assembleia uma maior imunidade contra um ancião/presbítero que se levantasse e assumisse o poder. Diótrefes é um exemplo de um presbítero que não era controlado pelos outros, e infelizmente deu errado (3 Jo 9).
Com relação àqueles que agem neste ofício na casa de Deus, a Escritura nos diz para “conhecê-los” (1 Co 16:15), “estimá-los” (1 Ts 5:13), “honrá-los” (1 Tm 5:17),  “imitar” a fé deles (Hb 13:7), “obedecer-lhes” (Hb 13:17), “sujeitar-se” a eles (Hb 13:17), e “saudar” a eles (Hb 13:24). Mas isso não nos diz para ordená-los, simplesmente porque as assembleias não têm poder para ordenar anciãos/presbíteros. Em todos os casos nas Escrituras onde as assembleias haviam ordenado presbíteros, eles foram ordenados para a assembleia por apóstolos ou delegados de um apóstolo. Apesar disso, praticamente toda assembleia Cristã hoje tenta nomear e ordenar seus anciãos!
Há sabedoria em Deus ao não dar às assembleias o poder de ordenar seus anciãos. Se uma assembleia possuísse tais poderes, poderia ser tentada a nomear homens que fossem inclinados aos seus interesses. Para proteger contra esse perigo, Deus levanta esses homens pelo Espírito Santo (At 20:28), e eles serão conhecidos por suas qualificações morais e pelo trabalho que fazem. Nos primeiros dias da Igreja, os apóstolos, ou delegados de um apóstolo, reconheceram esta obra de Deus em certos homens e os ordenaram para este ofício (At 14:23; Tt 1:5). O Espírito de Deus ainda está levantando os homens hoje para continuar o trabalho de cuidado nas assembleias locais. Estes não podem ser ordenados oficialmente a esse trabalho, porque hoje não há nenhum apóstolo na Terra para fazer isso. No entanto, Deus teria assembleias locais para reconhecer esses homens por suas qualificações morais (1 Tm 3:1-7; Tt 1:6-9) e pelo trabalho que eles fazem (1 Ts 5:13; 1Tm 5:17-18), e permitir que eles “apascentar o rebanho” de Deus, “tendo cuidado dele” (1 Pe 5:2).
Aqueles a quem Paulo está se referindo aqui em 1 Tessalonicenses 5:12-13 não foram oficialmente ordenados por um apóstolo. Paulo e Silas foram expulsos de Tessalônica depois de estarem lá apenas três sábados, e assim não havia tempo suficiente para os novos conversos naquela cidade amadurecerem espiritualmente para que fossem designados para tal trabalho. Para ordenar um bebê em Cristo para este lugar seria colocar um “neófito [novato] em perigo espiritual, pelo qual ele poderia cair na “condenação do diabo”, que é a “soberba [orgulho – JND] (1 Tm 3:6; Pv 16:18). Mas agora, no momento da escrita desta epístola, alguns tinham manifestado maturidade espiritual e o Espírito Santo os havia levantado para esse trabalho.
O ponto na exortação de Paulo aqui é que a assembleia deve reconhecê-los e tê-los “em grande estima e amor” e apoiá-los em seu trabalho. Essa é uma exortação necessária para todas as assembleias, pois há uma tendência dos santos tratarem os cuidados pessoais que os presbíteros possam mostrar para com os santos como uma invasão em suas vidas e tornarem-se ressentidos com isso. Pode-se perguntar: “Como é que uma assembleia deveria “conhecer” esses homens se eles não foram nomeados?” A resposta é simples; eles serão visíveis porque “se têm dedicado ao ministério dos santos” (1 Co 16:15). Nós devemos conhecê-los pelo trabalho que fazem.
V. 13b – Paulo então diz: “Tende paz entre vós”. Não é por acaso que esta exortação segue sua palavra de respeitar aqueles que tomam a iniciativa. A paz geralmente reside em uma assembleia que aceita, ao invés de resistir e desafiar, seus anciãos. As revoltas contra os líderes na assembleia foram a principal fonte da ruptura da paz e da unidade em toda a história da Igreja.
V. 14 – Quatro exortações seguem nesse versículo que parecem ser dirigidas aos anciãos em particular. Paulo diz: “Amoesteis os desordeiros [desordenados – JND].A casa de Deus é um lugar de ordem e pessoas desordenadas não devem ser encontradas lá fazendo o que quiserem. Portanto, todos esses devem ser corrigidos. Note que ele não diz à assembleia para excomungá-los, mas sim para “admoestá-los” e, assim, restaurá-los a um andar ordenado (Gl 6:1). Esta exortação se aplicaria particularmente aos “intrometidos” (ARA) que estavam andando “desordenadamente” entre os santos em Tessalônica (2 Ts 3:6-15), mas também pode aplicar-se a todos os que andam desordenadamente.
Paulo então diz: “Consoleis os de pouco ânimo”. Isso se refere àqueles que estão desencorajados. Confortar o abatido é uma obra importante porque um Cristão desanimado corre o risco de ser vítima do inimigo e ser levado embora (1 Pe 5:7-8).
Paulo acrescenta: “Sustenteis os fracos”. Ele provavelmente está se referindo àqueles que eram fracos na fé – isto é, deficientes em seu entendimento da liberdade da graça (Rm 14:1; Gl 5:1). Ele pode estar se referindo àqueles que haviam se convertido ao judaísmo e que tinham certos costumes em relação a comidas e festas.
Por fim, eles deveriam ser “pacientes para com todos”. Isso significa que precisamos ter graça especial para aqueles que nos irritam e não permitir que nossos espíritos sejam provocados de maneira carnal por tais pessoas.
V. 15 – Paulo então adverte contra a retaliação quando fomos injustiçados. “Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos” A retaliação entre os irmãos certamente destruirá a paz na assembleia. A maneira correta de lidar com ofensas pessoais e erros entre irmãos é ensinada pelo Senhor em Mateus 18:15-17. O remédio para toda a animosidade mostrada a nós é retornar bondade a quem nos faz mal (Rm 12:18-21). Isso deve ser feito entre nossos irmãos Cristãos, assim como aqueles do mundo (Lc 6:27-29). A retaliação contra os incrédulos certamente prestará um mau testemunho perante o mundo.
V. 16 – Em seguida, Paulo diz: “Regozijai-vos sempre”. Podemos pensar que isso não é humanamente possível porque há ocasiões em que simplesmente não podemos evitar o sofrimento. Somos até instruídos a entrar na “casa onde há luto” e “chorar com os que choram” (Ec 7:2; Rm 12:15b). Contudo, Paulo não está falando dessas exceções, mas sim do sentido geral de nossas vidas – daquilo que deveria nos caracterizar normalmente como Cristãos.
V. 17 – Paulo então diz: “Orai sem cessar”. Similarmente, em Ef 6:18, ele diz que devemos estar “orando em todo o tempo” (Compare também Lc 18:1). Podemos nos perguntar o que ele quis dizer com isso quando sabia que os santos tinham responsabilidades diárias para atender. Eles simplesmente não tinham tempo para ficar de joelhos o dia inteiro – até mesmo o próprio Senhor “acabou” de orar! (Lc 11:1) No entanto, Paulo não estava se referindo a tempos fixos de oração privada (Mt 6:6; Ef 1:16 etc.), mas à atitude instantânea de oração de que os Cristãos devem viver enquanto atendem suas responsabilidades diárias. Devemos viver, andar e manter nossa existência em comunhão contínua com o Senhor, e isto deve tomar a forma do espírito de oração. Isso pode ser visto em Neemias. Como ele trabalhava para o rei da Pérsia, o rei lhe fez uma pergunta, mas ele não teve tempo para se retirar para orar, então ele orou de onde estava e fez uma pequena e rápida oração ao Senhor, e então respondeu ao rei (Neemias 2:4-5).
V. 18 – Paulo então diz: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. Isso mostra que precisamos ter um espírito de submissão e gratidão por tudo o que acontece em nossas vidas. É fácil agradecer ao Senhor quando coisas boas e agradáveis acontecem em nossas vidas, mas quando as coisas negativas e tentadoras surgem em nosso caminho, precisaremos de graça especial para receber essas coisas de Suas mãos. O próprio Senhor é nosso grande exemplo nisso. Quando Ele veio para os Seus, eles não O receberam (Jo 1:11). Ele aceitou com um espírito de submissão, dizendo: “Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da Terra... Sim, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado” (Mt 11:25-26 – ARA). Nós só seremos capazes de fazer isso crendo que Deus está sobre todas as circunstâncias em nossas vidas, e que Ele somente permitirá que as coisas nos toquem que são absolutamente necessárias (Lm 3:37; Mt 28:18; Ef. 1:22; Cl 1:17). A fé que crê que Ele é verdadeiramente um bom Deus (Sl 73:1), e que Ele está apenas interessado em nosso bem e bênção (Jó 23:14; 2 Co 4:17) se submeterá ao que Ele permitiu, e até agradecerá a Ele por isso – mesmo que seja algo que nos decepcione.
V. 19 – Em seguida, Paulo diz: “Não extingais o Espírito”. Deus quer nos usar como canais pelos quais o Seu Espírito trabalharia para a bênção dos outros. O Senhor disse: “Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios d'água viva correrão do seu ventre. E isto disse Ele do Espírito que haviam de receber os que n’Ele cressem” (Jo 7:38-39). Deus deseja trabalhar por nosso intermédio pelo Espírito, e nós devemos deixar o Espírito ter essa liberdade. Não devemos impedi-Lo nisto. Se fizermos isso, estamos apagando o Espírito. É como uma mangueira de jardim que tem água correndo por ela. Se alguém pegasse a mangueira e a dobrasse, o fluxo de água seria interrompido, ou pelo menos seria muito diminuído. Da mesma forma, o Espírito de Deus pode querer nos levar a fazer algo para o Senhor, mas nossas vontades podem se opor a isso, e assim nos recusamos a seguir Seus estímulos. Ao resistir dessa maneira, extinguimos o Espírito. O contexto dessa exortação pode estar na assembleia, mas a extinção do Espírito também pode ocorrer fora da assembleia no curso da vida diária.
Extinguir o Espírito é ilustrado nas Escrituras na história do servo de Abraão (Gn 24). Ele é uma figura do Espírito Santo que foi enviado a este mundo para garantir uma noiva para Cristo (de quem Isaque é uma figura) Tendo assegurado a ela para Isaque pela dádiva de presentes etc., o servo de Abraão se levantou para levá-la a Isaac, mas sua mãe e seu irmão interferiram e queriam detê-lo “por um ano inteiro” antes de deixá-lo ir com ela (Gn 24:55 – KJV margem). Esta é uma ilustração de se extinguir o Espírito. O servo então respondeu: “Não me detenhais [impeçais – JND], pois o Senhor tem prosperado o meu caminho; deixai-me partir, para que eu volte a meu senhor” (Gn 24:56). O Espírito está, da mesma forma, dizendo para nós: “Não Me impeçais”.
Entristecer o Espírito Santo é um pouco diferente (Ef 4:30). Tem a ver conosco saindo e fazendo algo que o Espírito não nos levou a fazer, por meio do qual Ele é entristecido por nossas ações. É o pecado que entristece o Espírito. Quando o crente peca, o Convidado divino dentro de nós sente isso e nos exercitará para julgá-lo. Colocando de uma forma simples: 
  • Extinguir o Espírito é não fazer algo que Ele está nos levando a fazer,
  • Entristecer o Espírito é fazer algo que Ele não nos levou a fazer. 

V. 20 – Em seguida, Paulo diz: “Não desprezeis as profecias”. Novamente, o contexto indicaria o ambiente de assembleia onde as profecias são geralmente dadas, mas também poderia se referir a um irmão ou uma irmã profetizando fora da assembleia também. Esta exortação é necessária hoje tanto quanto sempre, porque tendemos a “estimar superficialmente o profetizado (JND) e criar uma antipatia pela pessoa que profetiza de uma maneira que toca nossas consciências. Se a pessoa ministra no Espírito, e nós a desconsideramos, estamos nos tornando surdos para o que Deus possa estar dizendo para nós. O malvado rei Acab é um exemplo. Ele disse do profeta Mica: “eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, senão sempre o mal” (2 Crônicas 18:7). Ele viu o ministério profético de Mica como mal porque o repreendeu. Naturalmente, gostamos de profetas que nos falam “coisas aprazíveis” (Is 30:10), mas há ocasiões em que é necessária uma “palavra de exortação” para nossas consciências (Hb 13:22). Não nos ressintamos com isso; Deus pode estar usando isso para nos corrigir de alguma forma necessária. As profecias (o profetizado) são uma maneira ordenada de Deus de comunicação a nós.
V. 21 – Então Paulo acrescenta: “mas provai todas as coisas; retendes o correto” (JND). O fato de ele colocar uma  conjunção “mas” no texto aqui indica que ele estava conectando o verso anterior (v. 20) com esta afirmação. Isso mostra que o que é profetizado precisa ser testado se vêm de Deus ou não. Essa é uma precaução necessária – especialmente nestes últimos dias, quando a profissão Cristã tem muitos “falsos mestres [instrutores – JND] (2 Pe 2:1) e “obreiros fraudulentos” (2 Co 11:13). O ponto aqui é que pode ser que nem tudo o que é profetizado é de Deus e vem de Deus. O crente não deve ser ingênuo e acreditar em tudo que ouve, mas deve “provar” essas coisas pelo grande padrão da própria Palavra de Deus (Is 8:20). A questão é: o profetizado coincide com as Escrituras? Se isso não acontecer, então devemos colocá-lo de lado. Se, por outro lado, é de acordo com a Palavra, devemos “retê-lo”.
Contudo, se não conhecermos as Escrituras como deveríamos (talvez porque somos novos na fé), podemos contar com a “unção do Santo” (1 Jo 2:20-26). Isso se refere à presença do Espírito de Deus em nós, nos fazendo discernir a verdade quando ela nos é apresentada e, ao contrário, nos fazendo discernir o erro. Mas isso exige permanecer n’Ele por meio da comunhão.
V. 22 – Deus desejava que os santos tessalonicenses se mantivessem afastados de todo tipo de mal – por sua preservação pessoal e pelo testemunho. Por isso, Paulo diz: “abstende-vos de toda forma de mal” (ARA). Isso pode exigir discernimento espiritual, porque às vezes “o mal [a perversidade – JND] pode se manifestar de formas sutis.
Vs. 23-24 – W. Kelly indica que esses versículos são a essência da oração do apóstolo para os tessalonicenses. Ele diz: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a [na – JND] vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”. No capítulo 3:10, Paulo disse aos tessalonicenses que ele orava regularmente por sua perfeição e entendimento espirituais; agora nestes versículos, ele diz a eles que também está orando por sua preservação. O assunto aqui, como no capítulo 4:3, é santificação prática ou progressiva. A ordem em que ele fala das três partes da nossa humanidade é significativa e nos dá a chave de como somos preservados. Ele diz: “Espírito, e alma e corpo ...” 
  • Nossos espíritos são nossa parte inteligente e consciente de Deus (racional) de nossos seres (Jó 32:8; Pv 20:27).
  • Nossas almas são a sede de nossos apetites, emoções e desejos (Gn 27:4, 34:3; Dt 12:20; Mc 12:30; 1 Pe 2:11).
  • Nossos corpos são a parte física de nossos seres (Gn 2:7). 

Assim, a maneira pela qual seremos guardados do mal é sempre ter nossos espíritos em posição de assumir a liderança em todos os assuntos e decisões da vida. Se deixarmos que as emoções de nossa alma nos dirijam a tomar essas decisões, em breve seremos desviados, pois as afeições e emoções do nosso coração podem ser enganosas (Jr 17:9) e inconstantes (2 Sm 13:15). Portanto, não devemos ser guiados pelo que sentimos ser bom ou pelo que nossos corações desejam. Devemos comprar, comer, ir a lugares e fazer coisas que a parte inteligente de nosso ser acredita estar de acordo com a vontade de Deus. Isso é determinado pelos princípios da Palavra de Deus. Quando essas escolhas são boas e corretas e de acordo com a Palavra de Deus, podemos, então, envolver nossas almas e corpos. Aqui está o caminho da nossa preservação. Os homens do mundo invertem essa ordem e dizem: “corpo, alma e espírito”. Eles vivem predominantemente para o que agrada o corpo e a alma e negligenciam o espírito – e todo tipo de pecado resulta.
V. 25 – Paulo então solicita as orações dos santos a respeito de Sua obra e serviço ao Senhor. Isso mostra que a oração diante do trono da graça é recíproca. É um privilégio orar pelos santos.
Vs. 26-28 – Paulo encerra a carta com suas saudações habituais, desejando que “a graça de nosso Senhor Jesus Cristo” estivesse com eles.