Honestidade Para Com Aqueles Que Estão de Fora
Vs. 11-12 – Paulo passa a
falar da necessidade de estar bem empregado e ocupado com coisas retas, para
que o mundo veja que somos pessoas honestas.
Paulo lhes havia ensinado a
grande verdade da vinda do Senhor (o Arrebatamento), e eles viveram
corretamente na iminência dele. Mas alguns deles pensaram erroneamente que se o
Senhor estava para vir – e poderia ser naquele mesmo dia – por que se preocupar
com o trabalho? O amor fraternal que estava em ação entre os santos em
Tessalônica cuidava dos que tinham necessidades, e essas pessoas podem ter
presumido que esse mesmo amor também cuidaria delas. Esses convertidos eram
predominantemente gregos, e os filósofos gregos daquela época desprezavam o
trabalho manual. Então, quando a ideia de estarem “não trabalhando” (2 Ts 3:11) surgiu entre os tessalonicenses, alguns
que haviam sido salvos daquela persuasão filosófica, naturalmente tinham esse
pensamento. Eles podem ter desculpado sua ociosidade com o pensamento de que
era fé da parte deles não trabalhar, porque mostrava (em suas mentes) que estavam realmente vivendo na iminência da
vinda do Senhor. Mas não foi um bom testemunho para o mundo.
Entendendo que esta situação
existia entre eles, Paulo os exorta a que “procureis
viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas
próprias mãos”, para que eles andassem “honestamente
para com os que estão de fora”. Mesmo aqueles do mundo desprezam um homem
que não trabalha para sustentar sua família. Longe esteja que tal coisa seja
encontrada entre os Cristãos (1 Tm 5:8). Assim, eles deveriam trabalhar com as
próprias mãos e seguir quietos com o Senhor. Paulo nos instrui que devemos orar
para esse fim (1 Tm 2:1-2). Ele acrescenta: “como já vo-lo temos mandado”, lembrando aos crentes
tessalonicenses que ele já os havia exortado nesse sentido quando estava com
eles. Quando os Cristãos negligenciam isso, o mundo será rápido em encontrar
falhas. Para negar isso, devemos procurar “as
coisas honestas, perante todos os homens” (Rm 12:17).
Na segunda epístola, Paulo
lhes disse que, se houvesse um indivíduo que persistisse em não trabalhar, eles
deveriam “se apartar” dele e não tê-lo em sua companhia “para que se envergonhe” (2 Ts 3:6-16). Isso mostra que Paulo viu
essa ociosidade como uma desordem séria e algo que estava prejudicando o
testemunho Cristão.