A Vinda do Senhor - Duas Fases

A Vinda do Senhor - Duas Fases

É significativo que a vinda do Senhor seja mencionada no final de cada capítulo da primeira epístola e, assim, enfatize o tema principal da epístola. Paulo chamou a vinda do Senhor para os Seus santos (o arrebatamento) “a bendita esperança” (Tt 2:13). Esta esperança foi dada à Igreja, não apenas como uma questão de doutrina e fato, mas devido ao seu efeito prático. Não há nada tão santificante para a alma do que viver em um sentido consciente da iminência de Sua vinda. Quando a proximidade dela se apodera da alma de uma pessoa, ela alterará o curso de sua vida. Ao mencionar a vinda do Senhor em cada capítulo, o apóstolo Paulo desejou manter a realidade disso diante de suas almas, porque sabia que isso produziria efeitos positivos e práticos em suas vidas.
No entanto, o inimigo procurou tirar essa verdade deles – ou pelo menos obscurecer suas mentes com ideias erradas sobre isso. Satanás certamente não quer ver esses efeitos positivos e práticos nos crentes, e ele faz horas extras para tirar a iminência do Senhor de nossa mente e nos afastar, ocupando-nos com as coisas à nossa volta na Terra. Os tessalonicenses haviam começado com essa expectativa da vinda do Senhor. Paulo menciona isso no capítulo 1:3, afirmando a “paciência da esperança”, juntamente com “obra da fé” e “trabalho do amor” como aquilo que deveria caracterizar o Cristianismo normal. Mas de alguma forma alguma coisa diminuíra aquela esperança brilhante diante de suas almas. Paulo alude a isso no capítulo 3:6, onde ele menciona duas coisas (“fé e amor”), mas não a esperança. Isso indica que eles perderam alguma coisa em conexão com a esperança, a qual não estava mais diante deles como estava no princípio, quando foram salvos. Por isso, Paulo procurou “completar [aperfeiçoar – JND] o que faltava” (ATB) na fé deles instruindo-os mais perfeitamente quanto à esperança (1 Ts 3:10).